Domingo, 24 de agosto de 2014.
De Cruz das Almas/BA a Arraial d’Ajuda/BA (567 km).
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim. - Chico Xavier
Trajeto do dia
Um bom começo
De manhã cedo, ao espiar pela janela, vi que o tempo não estava nada bom. O céu bastante nublado, o chão molhado e uma leve garoa davam sinais de que eu deveria sair de viagem vestido com a capa de chuva.Às 7h30, pouco tempo após acordar, já manobrava a moto no estacionamento do hotel, posicionando-a para a partida.
Garagem do hotel em Cruz das Almas/BA. |
Deixando a cidade de Cruz das Almas/BA. |
BR-101 depois da chuva. |
Passando pelo corredor de árvores. |
Tempo melhorando na BR-101. |
Bela paisagem de estrada na BR-101. |
Algum ponto da BR-101. |
BR-101. Espírito Santo |
BR-101. Espírito Santo. Bela paisagem. |
A fome apertou
Prorroguei um pouco o horário do almoço e deixei a fome esperando até que num certo ponto da estrada, lá pelas 12h, terminei por parar, mas, não para almoçar. Precisei esperar uns vinte minutos na fila de carros existente em um local onde a estrada estava em manutenção.Congestionamento da BR-101. Manutenção da estrada. |
Parada para almoçar. |
O sol já estava mais perto do horizonte e as árvores, por diversas vezes, faziam sombra na estrada camuflando e escondendo alguns buracos. Consequentemente, em alguns momentos, fui obrigado a trafegar mais devagar a fim de poder ver antecipadamente as irregularidades e poder ter um tempo de reação maior.
BR-101. Espírito Santo. |
Bela passagem de estrada. |
Animais se refrescando do calor na BR-101. |
Desviando de buracos pela contra-mão. |
Curva guiada pelas árvores. |
Caçando um hotel para ficar
Inicialmente planejara ficar em Trancoso/BA, apenas 20 km distante de Arraial d'Ajuda/BA. Entretanto, por indicação de alguns parentes, que já haviam passado férias na região e sob a alegação de que em Trancoso/BA o custo de hospedagem é bem mais alto, então, optei por pernoitar em Arraial d’Ajuda/BA.Chegando em Arraial d'Ajuda/BA. |
Contornando a praça central em Arraial d'Ajuda/BA. |
Caçando um belo pôr-do-sol
Terminadas as tratativas para o dia seguinte, faltava uma última atividade a ser realizada antes que a claridade do dia se ausentasse: como de costume, seria ver o pôr-do-sol. Como em várias outras ocasiões, não poderia deixar de ir à caça desse sempre imperdível espetáculo da natureza.Então, logo depois quis saber do funcionário onde poderia alcançar um ponto de observação na cidade para observar o entardecer. Achei meio complicado o caminho, que ele me explicou, dessa forma, desisti de ir sozinho e perguntei se havia um mototáxi que poderia me levar até lá. Consequentemente, respondeu que sim e eu, sem pestanejar, pedi que contratasse a carona.
Enquanto isso, subi ao quarto para me acomodar e tomar um banho relâmpago. Consequentemente, descarreguei da moto apenas o baú onde estavam as roupas para não demorar muito.
Algum tempo depois, quando deixei o quarto, vi que o mototáxi já me esperava na recepção. Para minha surpresa, o recepcionista também informou-me que já tinha conseguido agendar o passeio que eu queria, mas, também disse que não daria para conciliar mais de um passeio no mesmo dia, pois, não daria tempo. Mesmo assim terminei por confirmar minha presença.
— Tudo pronto? Vamos pegar esse pôr do sol. – falei ao mototáxi em tom de convocação para partirmos.
De carona para ver o pôr-do-sol em Arraial d'Ajuda/BA. |
— Puxa vida! Já tomei banho. – pensei.
— Não têm problema, eu tomo outro. – truquei.
Pegando trilhas para ver o pôr-do-sol em Arraial d'Ajuda/BA. |
Enfrentando barro para ver o pôr-do-sol em Arraial d'Ajuda/BA. |
Rua sem saída em Arraial d'Ajuda/BA. |
Entretanto, enquanto minhas esperanças já iam se esvaindo por completo, voltei a fronte para trás, para o lado de onde havíamos chegado e...
— Óhhh! Lá está ele. É lá que precisamos ir. – e chamei a atenção do mototáxi apontando para a direção do grande astro.
É para lá que temos que ir para ver o pôr-do-sol. |
Xiii! Não vai dar tempo de ver o pôr-do-sol. |
— É lá! É lá! Atrás daquele monte. Vamos. – disse eu, numa espécie de limbo entre a empolgação estimulada por experiências passadas e o alerta soado pela razão tentando fazer-me perceber que já não mais haveria tempo hábil para presenciar, sequer, o final do espetáculo. Por fim, daquele ponto não avançamos.
— Ahhh! Só me segurou o fato de ser outro a dirigir, pois, sendo eu a conduzir essa motoneta, avançaria mata adentro, ceifando árvores e abrindo picadas por onde passasse, mirando o cume. - esbravejei rebelde e silenciosamente comigo mesmo.
Em busca do pôr-do-sol. |
Uma volta pelo centro de Arraial D' Ajuda/BA. |
SOBRE O AUTOR
0 comentários:
Postar um comentário