Vista do lago Titicaca, na saída de Copacabana.
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Bela vista do Lago Titicaca na saída de Copacabana / Bolívia. |
Andamos apenas 8 km até a fronteira com o Peru e, ao chegarmos, vimos que estava vazio e não havia nenhum veículo, Assim, paramos em uma área de estacionamento logo ao lado da casa onde parecia ser a aduana.
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Barreira policial na fronteira Bolívia / Peru. |
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Igrejinha na fronteira Bolívia / Peru. |
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Pose para foto na fronteira Bolívia / Peru. |
Fui realizar os trâmites antes do Pedro, que ficou vigiando as motos. Já estava para entrar na primeira casa quando fui indagado, por dois funcionários que estavam na porta de entrada, sobre o que eu iria fazer. Respondi que gostaria de apresentar a documentação para deixar a Bolívia. Prontamente, disseram que deveria passar na migração primeiramente (em outra casa, logo ao lado de onde estava).
Então, apresentei-me onde informaram, devolvi o documento de migração e, posteriormente, carimbaram meu passaporte.
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Trâmites de migração na fronteira Bolívia / Peru. Foto retirada da internet. Meramente ilustrativa. |
Assim, voltei para a casa da aduana a fim de registrar a saída da moto e o que fiz foi apenas devolver a permissão para dirigir na Bolívia (Declaración Jurada de Ingreso y Salida de Vehículo de Uso Privado para Turismo).
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Aduana boliviana na fronteira Bolívia / Peru. |
Enquanto voltava observei que um ônibus de turismo estacionado perto das motos.
— A viagem vai atrasar! - pensei.
A nossa sorte foi que as pessoas ainda começavam a sair do veículo. Então, o Pedro apressou-se para não pegar fila na migração.
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Motos na fronteira Bolívia / Peru. |
Procedimentos terminados, fizemos câmbio numa venda vizinha à casa de migração.
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Local para fazer câmbio de moedas na fronteira Bolívia / Peru. Foto retirada da internet. Meramente ilustrativa. |
Ligamos os motores e cruzamos os “portões” da fronteira com o Peru.
Ao passar pelo marco que simboliza a fronteira dos dois países, foram poucos metros até a casa de migração e aduana do Peru. Nessa pequena distância, me apercebi de alguns sentimentos... dentre eles, o alívio de ter passado (quase) imune aos desrespeitos que, em diversos relatos, vi que poderíamos encontrar; a frustração por algumas circunstâncias não muito bem planejadas; porém, sobretudo, o contentamento de ter visto muitos belos lugares e paisagens e ter encontrado pessoas que não nos fizeram duvidar (a não ser em raríssimas exceções) de que a viagem seria muito boa.
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Arco que simboliza a passagem da Bolívia para o Peru. |
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Cruzando a fronteira Bolívia / Peru. |
Bem, “retomando a consciência”, vi que o Pedro havia parado e também avistei a migração/aduana do Peru, que parecia estar vazia. Após passar pela migração, ao entrar na aduana, havia um único turista que se cadastrava para entrar no Peru e, dessa forma, precisei esperar uns 15 minutos até terminarem os procedimentos dele.
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Casas de migração e aduana à frente, no Peru. |
Enfim, realizados os trâmites, recebi dois documentos para serem devolvidos na saída do país, um contendo meus dados e outro com os dados da moto.
Temos que pagar o seguro obrigatório
Terminamos tudo em torno das 13h e partimos. Já estávamos com fome e decidimos parar logo na primeira cidade (Yunguyo, a apenas 2 km da fronteira) para almoçarmos. De qualquer maneira, iríamos parar nessa cidade afim de irmos até um banco e pagar pelo SOAT. O SOAT é um seguro obrigatório que quem trafega no Peru com veículo nacional, ou de outro país, deve pagar.
Dessa forma, assim que chegamos na cidade de Yunguyo, procuramos um banco para adquirirmos o tal seguro SOAT.
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Praça central de Yunguyo no Peru. |
Banco De La Nación (na casa amarelada, atrás de mim, na foto abaixo), onde pretendíamos adquirir o seguro obrigatório - SOAT.
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Procurando pelo SOAT no Banco de la Nación, no Peru. |
Marinheiros de primeira viagem que éramos, inocentes e sem experiência nenhuma em viagens internacionais, confiamos no funcionário do Banco de la Nación que, sem a menor cerimônia e com toda a cara-de-pau do mundo, nos vendeu uma "multa por excesso de permanência no país", que só fomos descobrir muito tempo depois.
Não fazia nem uma hora que havíamos feito os trâmites de entrada no país, onde recebemos permissão temporária para ficarmos por três meses, e já pagamos desatentamente uma "multa por excesso de permanência no país". Eu, pelo menos naquele momento, empolgado que estava com a viagem, por tudo estar correndo bem, nem conferi direito o documento que recebi e confiei cegamente que o funcionário do banco agia de forma idônea e correta. Ledo engano. Disso, fica uma bela lição: "assinou, não leu, dançou".
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Multa por excesso de permanência no país vendido como SOAT - Seguro obrigatório. Peru. |
Chega, já estou satisfeito
Logo depois, demos uma meia volta na praça e encontramos um restaurante para “matar o que estava nos matando”: a fome.
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Parada para o almoço em Yunguyo. |
Assim que entramos o restaurante já tinha algumas mesas ocupadas e observei que alguns clientes estavam uniformizados com roupas que pareciam ser de quem trabalhava com manutenção de estradas. Então, uma funcionária chegou, nos apresentou o cardápio e escolhemos o prato meio a esmo, haja vista que não conhecíamos nada da culinária peruana e, portanto, resolvemos arriscar (se bem que, na Bolívia, o que mais fizemos foi arriscar pedidos).
De fato, o que havíamos escolhido era um prato duplo, pois, primeiramente, veio um prato fundo com sopa até transbordando, com alguns legumes e um pedaço de carne. Fiquei surpreso no momento em que descobri serem dois pratos porque havia terminado de tomar a sopa e já estava muito satisfeito e não aguentaria nem mesmo o rotineiro chocolate que gosto de comer de sobremesa quando, de repente, me vem a funcionária novamente trazendo outro prato fundo, estufado até a borda e contendo arroz, carne, batata e salada.
Como não sou de comer muito, imediatamente recusei e pedi que o levasse de volta. O Pedro foi corajoso, encarou e enfrentou; esse menino vai crescer forte... Ao final, pela recusa do segundo prato terminei por pagar, apenas, $4 nuevos soles, e o Pedro, $5 nuevos soles (apenas R$3,28 e R$3,95, respectivamente - US$1,42 e US$1,78).
Assim, empanturrados, seguimos viagem.
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Ruas bastante estreitas em Yunguyo. |
Uma bela vista
Algumas belas paisagens ao longo do caminho:
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Muitas retas no Peru. |
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Bela paisagem no Peru. |
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Parada para vestir mais roupa de frio. |
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Bela vista do Lago Titicaca em estrada do Peru. |
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Cruzando montanhas no Peru. |
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Ponte sobre rio no Peru. |
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Muitas retas até chegar em Puno / Peru. |
A poucos km, passamos por Puno. Inicialmente, na programação, visitaríamos as ilhas dos Uros nessa cidade, contudo, não paramos porque de acordo com indicações de uma prima, que visitara as duas margens do lago, o passeio seria mais bonito do outro lado do Titicaca, em Copacabana, visitando a Ilha do Sol (que foi, de fato, o que fizemos).
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Bem vindo a Puno, no Peru. |
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Puno / Peru vista do alto. |
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Puno / Peru vista do alto com o Lago Titicaca ao fundo. |
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Belo contraste do sol batendo nas montanhas. |
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Mais retas pelo caminho. |
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Contornando montanhas em direção Cusco / Peru. |
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Sempre grandes retas em direção a Cusco / Peru. |
Com a mesma rapidez com que avançávamos pela estrada, mais frio ficava, pois, subíamos novamente uma serra e ainda havia o fato de a noite estar chegando. Pelo menos, enquanto estava claro, passamos por bonitas paisagens na subida para Cusco.
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Parada estratégica para colocar mais roupa de frio. |
No trajeto até Cusco, passamos por diversas linhas de trem que cruzam a estrada.
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Cruzando trilhos de trem na estrada para Cusco / Peru. |
Cuidado agora
A viagem estava rendendo bem até o momento em que escureceu e fomos obrigados a diminuir a velocidade, a fim de evitarmos problemas e surpresas. Mesmo indo mais devagar, e com maior precaução, num determinado momento ainda tive que reduzir rapidamente a velocidade porque uma vaca começara a atravessar a estrada. O Pedro, que vinha logo atrás, mas não muito perto para manter a distância de segurança, precisou parar para deixá-la terminar de cruzar a pista, pois, já estava bem na sua frente, como um “paredão”... Passado o susto, fiquei ainda mais alerta.
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Pôr do sol a caminho de Cusco / Peru. |
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Bela iluminação do sol. |
Por volta das 23h, chegamos em Cusco e fomos diretamente para o centro da cidade, a Plaza de Armas, procurar um hotel. Paramos em uma área de estacionamento a um quarteirão da praça principal. Desci da moto e falei com o Pedro que iria pedir informações e, por sorte, a primeira pessoa que encontrei era uma mulher que trabalhava num hotel a poucos metros dali. Então, ela me levou até lá (na verdade, era um albergue) para dar uma olhada no quarto.
Assim, como o lugar cumpria os pré-requisitos que sempre procurávamos em um hotel: estacionamento para as motos e internet sem fio, então, decidi que iríamos ficar. Imediatamente reservei o quarto e fui buscar o Pedro.
Enfim, alojados no quarto, e de bucho vazio, era hora de jantar. Estava muito cansado e não sairia para jantar e o Pedro disse o mesmo, então, desci até a recepção para saber se havia algum restaurante que entregasse pedidos àquela hora. O funcionário comentou que não conhecia nenhum e foi logo me apresentando um catálogo enorme para procurar. Passei o olho em algumas páginas e o devolvi. A janta do dia foi com água e biscoitos.
Quarto do hotel:
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Quarto do hotel em Cusco / Peru. |
Formato de tomada elétrica do quarto:
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Padrão de tomadas em Cusco / Peru. |
Hotel: $55 nuevos soles (US$19,59)
Dicas de viagem
- Na cidade de Yunguyo/Peru (apenas 2 km da fronteira com a Bolívia) é possível pagar o SOAT, seguro obrigatório que todo veículo que trafega no Peru deve ter.
- No Peru, não tivemos que pagar pedágio em nenhuma praça de pedágio por onde passamos.
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